Diz o senhor, e muito bem:
Faltaram às aulas para se embriagar
Sete alunos da Escola EB 2,3 de Paredes entraram, esta sexta-feira, no Hospital Padre Américo do Vale do Sousa para uma intoxicação alcoólica. O grupo havia faltado às aulas para uma bebedeira colectiva.
Cinco raparigas e dois rapazes, com idades entre os 13 e os 16 anos, alguns deles estudantes do Curso de Educação e Formação, escaparam às aulas, saíram da escola, e foram beber champanhe, conhaque e uísque para dentro de um prédio em construção, nas imediações do estabelecimento de ensino. Ficaram embriagados.
As causas para a bebedeira colectiva, segundo terão alegado alguns dos adolescentes, estarão relacionadas com relações amorosas não correspondidas, por parte de algumas raparigas.
Ao que o JN apurou, alguns elementos do grupo levaram de casa as bebidas alcoólicas e cerca das 10.30 horas reuniram-se no estabelecimento de ensino, resolvendo concentrar-se no interior de um prédio em construção, junto à escola.
Esvaziadas as garrafas de uísque, de conhaque e de champanhe, algumas das cinco raparigas começaram a sentir-se bastante mal. O grupo, quase todo embriagado, regressou à escola, mas o evidente estado alcoolizado despertou a atenção de alguns funcionários.
Alertados para o sucedido, elementos do Conselho Executivo da EB 2,3 chamaram uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Paredes que transportaram os alunos para o Centro Hospitalar Padre Américo do Vale do Sousa, em Penafiel, onde permaneceram em tratamento, para desintoxicação. Alguns só tiveram alta ao início da tarde.
Os estudantes foram acompanhados por funcionários do estabelecimento de ensino e ainda foram ouvidos por uma psicóloga. De todos os adolescentes, duas jovens revelaram uma situação mais grave, mas acabaram por ter alta após o tratamento.
Os cursos técnicos especiais de Educação e formação visam o aumento da qualificação escolar e a aquisição de competências para jovens com mais de 15 anos, em risco de abandono escolar, ou que já abandonaram, antes da conclusão da escolaridade de 12 anos.
No caso da escola de Paredes, a exemplo de muitas outras, estes alunos convivem com os que frequentam a escolaridade regular normal, pelo que o mais jovem do grupo, com apenas 13 anos, acabou por participar na bebedeira.
O JN deslocou-se ao estabelecimento de ensino, no sentido de obter uma reacção por parte da direcção da EB 2,3 de Paredes, mas os elementos do Conselho Executivo recusaram prestar quaisquer declarações.