"Toda a electricidade virá de fontes renováveis, como biodiesel, garantiu Rego. E as emissões de CO2 dos artistas serão compensadas com investimentos em projectos para limitar as emissões noutros locais (como a plantação de árvores)."
"Cada concerto do Live Earth, diz Rego, deve produzir um quarto menos de gases com efeito de estufa do que as 3 mil a 4 mil toneladas normais nestes eventos - o mesmo que emitem durante um ano 200 pessoas nos EUA ou 800 na China."
Isto dava um case-study de Marketing. Senão, vejamos:
.1 - Em cada uma das 7 cidades, criaram condições para que toda a energia seja de fontes renováveis. (!)
.2 - 200 pessoas num ano? Só? Agora pensemos que este evento dura um dia. Ora extrapolando, 200 pessoas num ano equivalem a 73000 pessoas num dia. Graças à parte que diz "Cada concerto do Live Earth", ter-se á que multiplicar este número por 7, o número de concertos "grandes" deste espectáculo, o que equivale a dizer que se poluiu o equivalente ao que 511.000 norte-americanos poluem por dia, ou o equivalente a 2.044.000 chineses. Isto em apenas 24 horas, e fora a poluição causada pelas pessoas que se deslocaram ao evento, etc etc et al.
Mas infelizmente, é um caso de Marketing falhado. A mensagem não passou, pelo menos para o autor do artigo. É que o autor é Português, logo Europeu, e quer pareça ou não, a Europa é o 2º maior poluidor do mundo. Ao usar para finalizar o artigo esta frase "que emitem durante um ano 200 pessoas nos EUA ou 800 na China" o autor está, inconscientemente a dar a entender que "eles" é que são os poluidores, e não nós. Exactamente aquilo que não se deve fazer quando a problemática é global.
Bastava apenas dizer "que emitem durante um ano 200 pessoas nos EUA ou 300 na Europa".
Já dizia o outro: "O povo canta e dança, e é uma festa".
Mas dantes as festas não incluíam a extinção de praticamente toda a vida no planeta Terra no menu....
Ah, não há nada como um pouco de pó nos olhos....
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